segunda-feira, 16 de junho de 2008

Minha poesia

Minha poesia


Minha poesia não é para atletas,

tampouco para sedentários;

não é para os mais honestos,

sequer para os perdulários.


Não faço poesia para funcionários públicos,

celetistas também não me importam;

se empresários não a lêem,

também não estou preocupado.


Minha poesia não é feita pra gente;

também não é feita para ETs.

Não a faço para os fracos,

nem para os que têm poder.


Se a Hillary não lê minha poesia,

para mim tanto faz;

se não a lê o Obama,

ele que se exploda (junto com Osama).


Faço poesia para que a minha amada,

sozinha,

termine de lavar a louça.

"Benhêêê, cabei o trabalho da pós."

4 comentários:

JULIO CARVALHO disse...

Eu gostei do conceito da sua poesia "pra tudo quanto é lado até quando se lava a louça"!
Poesia tem q ser até debaixo d'água....

Olga disse...

Muito boa! Concordo que a poesia tem de ser assim, do poeta para o poeta ou para quem se importa com ele, porque vejo a arte poética como um presente, tão mais trabalhoso que a prosa, por exemplo, que só quem não tem medo de "engordar" deve saborear dela, lendo-lhe os sucos. Foi muito bom ter saboreado desta sua! E que final mais interessante! Além de você ter viajado pela rima e pelo verso branco, o que conferiu uma sonoridade bastante gostosa. Parabéns!

Nanete Neves disse...

Concordo com você Marcelo, arte não se faz por razões específicas, mas por necessidade. No seu caso, a poesia bem humorada(com rima, sem rima,não importa). Vale até mesmo como um pretexto até o final dos trabalhos na cozinha...rs

Sady Folch disse...

Marcelo, isso é que é chutar o pau da barraca declamando a queda do pano.
Parabéns pela expressão de humor.
Sady