Minha poesia
Minha poesia não é para atletas,
tampouco para sedentários;
não é para os mais honestos,
sequer para os perdulários.
Não faço poesia para funcionários públicos,
celetistas também não me importam;
se empresários não a lêem,
também não estou preocupado.
Minha poesia não é feita pra gente;
também não é feita para ETs.
Não a faço para os fracos,
nem para os que têm poder.
Se a Hillary não lê minha poesia,
para mim tanto faz;
se não a lê o Obama,
ele que se exploda (junto com Osama).
Faço poesia para que a minha amada,
sozinha,
termine de lavar a louça.
"Benhêêê, cabei o trabalho da pós."
4 comentários:
Eu gostei do conceito da sua poesia "pra tudo quanto é lado até quando se lava a louça"!
Poesia tem q ser até debaixo d'água....
Muito boa! Concordo que a poesia tem de ser assim, do poeta para o poeta ou para quem se importa com ele, porque vejo a arte poética como um presente, tão mais trabalhoso que a prosa, por exemplo, que só quem não tem medo de "engordar" deve saborear dela, lendo-lhe os sucos. Foi muito bom ter saboreado desta sua! E que final mais interessante! Além de você ter viajado pela rima e pelo verso branco, o que conferiu uma sonoridade bastante gostosa. Parabéns!
Concordo com você Marcelo, arte não se faz por razões específicas, mas por necessidade. No seu caso, a poesia bem humorada(com rima, sem rima,não importa). Vale até mesmo como um pretexto até o final dos trabalhos na cozinha...rs
Marcelo, isso é que é chutar o pau da barraca declamando a queda do pano.
Parabéns pela expressão de humor.
Sady
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